Esperar o ônibus. Para alguns pode ser uma agonia interminável. A vida em subsistência. Mas a espera na vida está para a vida na espera. A insuficiência só existe por conta da intotalidade na presença. A inundação de sentidos se aflora de si para o mundo, porém o hábito de fazer o inverso é tão comum e corriqueiro por conta da preparação que tivemos culturalmente no culto do não pensar e penar e pagar e só que só enxergamos o tempo como investimento produtivo, quando a produção pode estar em si mesma na preservação da paz. Produção da emergência. Emergência de emergir mesmo... mas sem emergência. Emergir no encontro com as pessoas. A sutileza dos olhares evitando fixares mas procurando cumplicência numa dança de constrangimento. As conversas dispensáveis mas fruto da situação que se inevita em razão própria. O por do sol a tardar na sensação de paralisia temporal. O bêbado... O stress... A briga... A culpa... O humano e a beleza disso tudo. Acho que perdi meu ônibus.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
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Momento 20/01/14