quinta-feira, 15 de abril de 2010

Versos ao vento

Nas mãos do vento,
não que queira, não que possa
Angústia de impossibilidade
Preso por não ser leve

Mas inflam-se minhas mãos
E o papel me leva para cair
Em seu passear, giro o mundo
Volto satisfeito, triste

Mostro verdade, que se ignora
Mas o verso mantém-se ao ar
Eu imóvel, incapaz de sorrir
Mas é preciso, Peter

De volta ao chão, cai
Quando for a próxima
O torpor voltará
Da terra do nunca

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